14 de janeiro de 2006

1ª Caminhada de 2006:
Boca da Corrida - Encumeada
(14-01-2006)

Mais um belo dia de Sol, acolheu-nos para a caminhada de comemoração do 1º ano de existência do DisPorto Bay.

Vejam o que aconteceu neste dia inesquecível para todos os que vieram, através das fotos do Carlos Rodrigues, Filipa Caldeira, Linda Stegeman, Nuno Costa, Suzano Sousa e Virgílio Silva.

14 caminhantes, incluindo os bens resistentes que aguentaram as festividades da véspera, o Olívio fazendo de nosso paciente motorista...


... e claro, mais dois membros que apesar de não puderem ir, não quiseram deixar de aparecer para tirar a foto de grupo e desejar uma boa caminhada: a sempre sorridente Linda (1/3 das Três Teteias) e o comodista Lucas, que não quer saír do conforto da barriga da mãe. Mas está quase...


Saídos em direcção à Boca da Corrida, chegados ao Jardim da Serra sentimos o apelo da tradição e lá parámos no “Mário” para uma ginjinha. Aqui para o Beto, foi um verdadeiro upgrade do ice tea. Cool...


Já na Boca da Corrida, os mais bem preparados puxaram dos seus bordões topo de gama, equipados com amortecedores.


E prova de que a Dora está sempre nos pensamentos do Presidente, que ainda não perdeu a esperança de ter a sua companhia num destes passeios, aqui está ele a verificar um par devidamente ajustado para ela. Dora, já não tens desculpas para não vir...


Coisa que tem de se reconhecer aos benfiquistas é a sua fé. Não há altar por onde passem, que não aproveitem para fazer uma oração. Este ano bem precisam.


Mas o passeio lá começou e os verdadeiros artistas lá começaram a trabalhar para o nosso blog.


Com óptimos resultados, como vão poder ver hoje. Também o percurso era daqueles que nem um péssimo fotógrafo conseguiria estragar.


Antes de chegar aos primeiros obstáculos o aprendiz de guia lá aproveitou para dar alguns conselhos. Por exemplo, não façam como ele: fechar os olhos pode querer dizer uma descida mais rápida...


Como estreante, acabadinho de chegar do Porto, aqui temos um morcão de seu nome Nuno. Numa pose para mandar para familiares e amigos. “Eh malta, isto aqui é quase como no Himalaia. Só que menos frio.”


Durante a fase inicial do percurso, olhando para a direita, bem lá no fundo, o Curral das Freiras é uma visão quase permanente.


Para a frente vai-se vendo o Pico do Serradinho, um pedaço rapado neste lado devido a uma derrocada relativamente recente, e lá mais ao fundo, o majestoso Pico Grande.


Mas para qualquer lado que se olhe, o que não faltam são vistas espectaculares.



Bom, a partir desta foto, vão poder reparar em algo evidente: parece que a nossa amiga “catalana” sempre que nota a presença de uma objectiva, já se põe direitinha para a pose. Se duvidam, vão reparando mais à frente.


O Carlos parece que tem pinta de explorador solitário. Vejam-no aqui absorto pelo panorama.


Desta vez tivemos um par de convidados especiais: Joan e Ole Sorensen, que vindos da Dinamarca nos visitam um par de vezes por ano, desde há uma dúzia de anos. Pode-se dizer que ele é um dos caminhantes mais experientes das serras madeirenses, e foi para nós uma honra “trazê-los” neste passeio.


Palavras para quê? A nossa top model de Barcelona.









Por esta altura do ano, as terras altas da ilha já começam a colorir-se com os tons de amarelo da silvestre mas bonita carqueja (Ulex europaeus L., ou tojo, como a conhecem no continente).




São estes detalhes que fazem do DisPorto Bay um clube diferente. Até uma “estação de serviço” à beira do caminho, com serviço de poncha. É de luxo.

O pior é sempre para o último da fila, que além de ter de se contentar com os restos, ainda tem de deixar tudo limpinho.


Ao chegarmos à vertente Sul do Pico Grande, a esta altitude, o Inverno deixa as suas marcas. E os aluímentos de terras não são raros. Mas aqui está o Presidente a assegurar-se que o caminho é seguro para o resto do grupo.








Já estava na hora de pedirmos ajuda aos nossos botânicos de serviço. Lá bem no alto, esta plantinha chamou a atenção de todos os fotógrafos, e não houve um que passasse sem reparar. Parece-nos um cardo. Alguém pode confirmar (ou não) e identificar correctamente esta planta com umas flores engraçadas?



A partir daqui as vistas começam a ser dominadas pela Encumeada, Serra d’Água e o lado nascente do Paúl da Serra.


Graças ao olhar atento do Suzano, descobrimos um animal raro nas serras da Madeira: uma girafa.


Aqui parece que o empenho no andar é tanto que nem respeitam as distâncias mínimas de segurança.





Um bordão menos moderno que os exibidos pelo resto da equipa, mas certamente mais adaptado à envolvente natural.


E está na hora do lanchinho, que se foi retardando devido ao entusiasmo do pelotão da frente.




Um belíssimo “escorrega” natural.






Pelo caminho, os dois “engenheiros” que iam mais avançados, descobriram uma árvore encaixada na rocha de forma peculiar. Ainda por cima com as raízes quase totalmente carbonizadas num incêndio recente, apesar de se mostrar ainda frondosa.


Preocupados com uma eventual queda, decidiram reforçar o apoio com este “galhito”.


António: “Carlos, achas que vai aguentar?”
Carlos: “Não sei. Pelo menos aguentou connosco...”


Pelo menos este reforço parece que tranquilizou o resto do grupo, que passou sem demora.



Passado mais este obstáculo, o par de “engenheiros” que estava imparável neste dia, decidiu dar largas à sua veia artística e ei-los aqui convertidos em escultores.




Este foi escolhido pelo grupo como o trabalho mais conseguido e baptizado de “O Arrependido”, em memória dos membros que não vieram.




Chegados ao Curral Jancão, começamos a encontrar os primeiros ribeiros com um caudal digno de apreciar e a Filipa mais uma vez deu provas de capacidade para todo o terreno.



Mas parece que não se consegue ir para lado nenhum desta ilha sem encontrar património do clã Câmara. A Fabiana demonstra que encontrámos mais uma das casas de campo da Dora.



A abnegação do Presidente mais uma vez em evidência: pôs-se a escalar a árvore para poder dar uns perinhos aos esfomeados participantes. O pior foi quando reparou que ia ter de voltar a descer...


Se uma imagem vale 1000 palavras, estas valem um jackpot no Euro-milhões:









Reparem agora na diferença. O “morcão” atravessa o riacho sem se preocupar com a dama.


O madeirense demonstra como se deve ajudar a donzela. Muito bem. Assim é que é.



Se isto parece obra humana, olhem com mais atenção. Não é.


Olhando para trás, mais alguns belos panoramas dos picos sobranceiros ao Curral Jancão.



Já perto do final do passeio, sempre muito bonito.



E sinal evidente que a meta estava à vista: o cano que desce a água da Encumeada para a Central da Serra d’Água. Dava um belo tubo para um joyride de um aquaparque.



Finalmente! Raras vezes vi tanta gente feliz por ver o Olívio. Sem demérito.


Bom. Mais 13 km de regresso ao ponto de partida. Alguém quer repetir?


Hora de ir estrada acima até ao Bar da Encumeada recuperar forças. Um par de esfomeados/apressados decidiu não esperar pela viatura.


Já à mesa, a Filipa parece dizer ao Nuno: “Agora não penses que a tua vidinha aqui na ilha vai ser só do bem-bom. A partir de 2ª feira já começas a trabalhar a valer para o comerinho”.


Estas duas numa dúvida relevante — sete costoletas para duas: “Vamos ter de cortar uma ao meio”.


E se alguém tinha dúvidas quanto aos benefícios do álcool (em quantidade moderada) reparem no efeito:



Descemos para a cidade, e era inevitável uma passagem pela Serra d’Água para beber mais uma ponchinha para o caminho. E vejam como a nossa menina cresceu.


Um toque profissional para fechar o nosso aniversário com chave de ouro.


Acho que dificilmente poderia ter corrido melhor. Mas havemos de tentar...